Hoje pela manhã meu pimpolho perguntou no que eu penso quando estou pensando (profundo, né?). Eu disse que não penso em nada, que minha mente é oca, preguiçosa, mas que normalmente estou pensando no que tenho que fazer em seguida, das coisas que deveria ter feito e não fiz, das coisas que poderia ter feito mas não fiz... Sei lá, nunca parei para pensar no que penso quando estou pensando. Mas, a pergunta ficou na minha cabeça e pensei, vou me patrulhar durante o dia e pensar no que penso quando estou pensando.

Então, enquanto fazia o almoço, deixei a minha mente voar um pouquinho e comecei a lembrar de quando era pequena, do que gostava de fazer, de como me sentia amuada (de saco cheio) com as brincadeiras e brinquedos que tinha, e que invariavelmente voltava para a minha mãe e perguntava para ela o que eu podia fazer, do que brincar. Ao que ela sempre me respondia com milhões de sugestões e idéias, e eu mais do que ligeiro respondia que não, que não era o que eu queria, que tal coisa era monótona, etc... Enfim, eu era um pé no saco nestas horas (e deixe-me dizer que ainda sou assim, fico de saco cheio das coisas que faço bem rapidinho e por isto estou sempre procurando coisas novas para fazer, senão fico amuada).

E no meio de tantas divagações e lembranças, pensei nas coisas que eu fazia quando minha mãe saía e me deixava em casa sozinha. Lembro que adorava vestir os sapatos dela (de salto altíssimo) e desfilar em frente ao espelho. Às vezes vestia uma de suas roupas e imaginava que estava indo a um baile dançar, e dançava em frente ao espelho me equilibrando naqueles sapatos enormes para os meus pés.

Gostava também de me maquiar. Minha mãe usava um batom da Avon, de embalagem verde, com gosto de coco e cor marrom escuro. Uma delícia! Usava-o de baton e sombra. Achava-me super chique...

Às vezes gostava de bisbilhotar nos armários, principalmente se fosse época de Natal ou próximo ao meu aniversário, só para ter certeza que havia um presentinho, e se houvesse, então fazia de tudo para dar uma espiadinha e descobrir o que era.

Outras vezes, apenas me contentava em ter a casa só para mim e curtir as minhas músicas no volume que eu bem sentisse vontade.

Como diz o ditado: quando o gato sai, os ratos fazem a festa!

E vocês, o que faziam quando ficavam sozinhos(as) em casa?

Beijocas!